Santiago do Chile é agradável e repleta de atrativos interessantes. Dentre todas suas belezas e atrativos turísticos, um lugar destaca-se pela importância histórica, remetendo a um dos períodos mais sombrios que o Chile atravessou. Trata-se do Museu da Memória e dos Direitos Humanos, um local de muita importância, que serve para as pessoas refletirem e jamais permitirem que este terrível capitulo da história volte a se repetir. Confira o post:
Índice desta matéria
Museu da Memória e dos Direitos Humanos
Uma das visitas mais marcantes e inesquecíveis que fizemos no Chile não está relacionada a nenhuma das belezas naturais existentes no país, muito pelo contrário.
Visitamos o Museu da Memória e dos Direitos Humanos (Museo de la Memoria y los Derechos Humanos) em Santiago, um local que conta um pouco do período obscuro que acobertou não só o Chile, mas praticamente toda a América do Sul.

O Museu foi inaugurado em 2010, pela então Presidenta do Chile, Michelle Bachelet, e tem como objetivo principal educar e fazer com que as pessoas reflitam sobre o passado sombrio, chamando a atenção para os direitos humanos na atualidade.
Através de um acervo constituído por documentos, fotografias, objetos, vídeos, jornais, revistas, testemunhais (escritos, áudios e vídeos), instrumentos de torturas etc, o museu faz com que os visitantes conheçam o que foi a ditadura militar chilena.
A visita é chocante e faz com que as pessoas sintam um pouco do terrível período pelo qual passou o Chile e outros países latinos, inclusive o Brasil.
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Ditadura Miliar no Chile
A ditadura militar no Chile durou de 1973 até 1990 e foi uma das mais sanguinárias da América Latina.
Segundo os números oficiais mais de 40 mil pessoas foram vítimas do regime militar comandado pelo ditador Augusto Pinochet. Mais de 3000 pessoas desapareceram e também foram dadas como mortas pela ditadura chilena.
Contrapondo os números oficiais, estima-se que mais de 100 mil pessoas tenham sido vítimas dos militares chilenos. No mesmo período mais de 200 mil chilenos deixaram o país exilados.
As marcas deste período jamais serão apagadas e os chilenos fazem questão de que esta parte da história não seja apagada, pra que nunca mais volte a acontecer.
Nós visitamos o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, que era uma prioridade em nosso roteiro. Recomendamos veemente que todos que visitem Santiago também visitem este museu.
Como é visitar o Museu da Memória e dos Direitos Humanos
Antes mesmo de chegar ao museu, logo que descemos na estação de metrô Quinta Normal, já podemos começar a entrar no clima sombrio do período ditatorial que se estendeu pelos países sul americanos.

A visita ao museu é uma verdadeira aula de história e em tempos onde muita gente parece ter esquecido os horrores que aconteceram no passado, visitar este museu pode clarear um pouco as ideias e despertar um pouco de humanidade.
A visita é constituída por inúmeras etapas e logo na entrada encontramos um grande mural com fotos de diversas pessoas vítimas da ditadura, em vários países.
Aliás, vale destacar que o Chile encabeçou a operação Condor, que era supervisionada pelos EUA…
Antes da entrada do museu, junto a recepção, está um grande painel com centenas de fotografias de pessoas mortas pelas ditaduras de vários países, inclusive o Brasil.
Entrando no moderno museu, filmes e áudios estão disponíveis em praticamente todas as partes. Prepare-se pra ver muitas pessoas emocionadas!
Um grande mural com milhares de fotografias de vitimas da ditadura se estende pela parede sendo visível em todos os níveis do museu.
No centro do primeiro piso, uma tela exibe um documentário que conta a história do golpe militar e os capítulos das ameaças militares, até a queda e suicídio de Salvador Allende, em pleno Palacio de La Moneda.
Esta grande tela é apenas uma das cerca de 900 partes áudio-visuais que integram o museu. Os arquivos áudio-visuais possuem diversos temas relacionados a ditaduras, entre os quais podemos destacar documentários, depoimentos e notas da imprensa.
Nos andares superiores o visitante poderá visitar várias salas com temáticas diferentes, como uma sala repleta de cartas de crianças, uma sala com reportagens, revistas e jornais da época e entre outras a mais chocante de todas, a sala onde estão alguns dos instrumentos utilizado pelo regime militar para torturar as pessoas.
Salas do museu
Ao todo, o museu é dividido em 11 salas:
1ª Sala: Direitos Humanos, desafio universal
2ª Sala: Golpe militar de 11 de setembro de 1973
3ª Sala: End of the Rule of Law: Um novo institucionalismo
4ª Sala: International Condenação: A ditadura cruza a linha
5ª Sala: A repressão e a tortura
6ª Sala: A dor das Crianças
7ª Sala: A demanda para a Verdade e Justiça
8ª Sala: A ausência e Memória
9ª Sala: Luta pela Liberdade
10ª Sala: O Retorno da Esperança
11ª Sala: Nunca Novamente
Quando visitamos o museu não era possível fotografar, nem filmar dentro do museu. Talvez seja melhor, assim o visitante se concentra totalmente no que realmente importa, porém já vi em outros blogs fotos dentro do museu, então não sei se agora esta permitido fotografar, ou tiraram fotos sendo proibido mesmo…
Ousamos dizer que um museu deste deveria existir em cada cidade onde a ditadura militar agiu. Mais uma vez reiteramos nossa opinião e achamos que é um passeio imperdível em Santiago.
Do lado de fora do Museu, ainda existe um espaço para que os visitantes deixem um recado.

Espacio Londres 38
Antes de visitar o Museu da Memória e dos Direitos Humanos, visitamos também o Espacio Londres 38, a primeira casa utilizada pelos militares de Pinochet como centro clandestino de tortura.
Ao contrário do Museu da Memória e dos Direitos Humanos, que é repleto de acervo, o Londres 38 só tem história e paredes sombrias junto a salas vazias. Ainda assim, a sensação que sentimos por lá foi assombrosa e o clima pesado que sentimos neste local se compara ao dia em que visitei o Museu de la Inquisición, em Lima. Horrível!!!

Como esta foi a primeira casa onde aconteceram torturas e também como foi utilizada nos primeiros anos da ditadura militar do Chile, foi palco das torturas mais brutais e violentas. Iremos fazer um post especifico falando sobre o Espacio Londres 38, fique ligado!
Em tempos onde a ameaça de ditadura é constante, vale reflexionar e lembrar do sofrimento do passado. Vale lembrar que na ditadura não é possível reclamar, como ainda acontece nos dias de hoje.
Como chegar ao Museu da Memória e dos Direitos Humanos.
A maneira mais fácil de chegar ao museu certamente é através do Metro da linha 5 (Verde) – Basta descer na Estação Quinta Normal, a saída da estação dá direto no museu.
SERVIÇO:
Mais informações: http://ww3.museodelamemoria.cl/
Valor do Ingresso:
Entrada Gratuita.
Endereço: Matucana 501, Quinta Normal, Santiago
Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 10h às 18h. Nos meses de janeiro e fevereiro, das 10h às 20h.
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Uau, que ótima dica, gente! Precisamos de um museu desse aqui no Brasil, urgentemente. Abraços!
Verdade Michele. Precisamos de mais museus destes, no Brasil e em vários países latinos. 🙂
Obrigado por nos mostrarem o Museu da memória e dos Direitos Humanos, não conhecia. Muito bom, sim senhor!
Grande abraço e boas viagens.
Que bom que gostou Filipe! Obrigado, abraço e boa viagem! 🙂
Acredita que não consegui visitar esse museu em nenhuma das 2 vezes que estive em Santiago? Em uma das vezes cheguei lá na porta e ele estava fechado pra algum evento importante. Preciso voltar novamente! rs
Que pena Renata, é um museu incrível. Um baita aula de história. Na próxima vez em Santiago, não deixe de visitar. 🙂
Que visita incrível, Itamar. Eu lamento tanto que minha viagem ao Chile tenha sido tão curta e basicamente só no Deserto. Quero demais voltar pra ficar mais tempo em Santiago e outras regiões.
Foi incrível mesmo Katarina! Precisa voltar mesmo o Chile é incrível! Nós também precisamos voltar pra conhecer um pouco mais, são muitas opções no país né? Um abraço!